O congelamento da tabela do Imposto de Renda entre 2015 e 2022 fez com que 20 milhões de pessoas com menor renda, que deveriam estar isentas, pagassem o tributo. A declaração é do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que criticou, neste sábado (23), governos anteriores por não fazerem a correção do IR.
“Os sete anos de não correção do Imposto de Renda, da tabela do Imposto de Renda, incluiu no pagamento deste tributo alguma coisa em torno de 20 milhões de brasileiros que não deveriam estar pagando Imposto de Renda e passaram a pagar nos governos Temer e Bolsonaro”.
O ministro deu a declaração durante um evento do PT. Desde que assumiu o terceiro mandato, o presidente Lula já elevou a faixa de isenção duas vezes. Em 2024, para R$2.824 e em maio deste ano, para R$3.036. A expectativa, agora, é quanto à aprovação pelo Congresso de uma proposta que é promessa de campanha: a de isenção para quem ganha até R$5 mil e uma alíquota gradual para quem ganha acima de R$50 mil por mês.
“Uma proposta que é neutra do ponto de vista fiscal, porque ela cobra, ela passa a cobrar de 141 mi brasileiros, um imposto que hoje eles não pagam e são brasileiros que tem renda de mais de R$1 milhão por ano. Ou seja, nós estamos fazendo alguma justiça tributária, cobrando de quem não paga, lá do ápice da pirâmide, 141 mil brasileiros, é 0,1% da população economicamente ativa, para favorecer 25 milhões de brasileiros”.
A urgência já foi aprovada, na semana última quinta-feira (21), e a data da votação do mérito será definida em reunião de líderes da Câmara nos próximos dias.