O Brasil reduziu em 21,4% o número de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, num intervalo de oito anos. Em 2016, eram mais de dois milhões de pessoas de 5 a 17 anos nessa situação, contingente que caiu para um milhão e 650 mil, em 2024.

Os dados fazem parte de uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (19) pelo IBGE.

Já na comparação apenas entre os dois últimos anos da pesquisa, explica o analista do IBGE, Gustavo Geaquinto Fontes, houve aumento de dois vírgula UM por cento. Segundo Fontes, o patamar ainda está “em nível baixo”. Ele lembra que o menor resultado foi em 2023, ano que apresentou queda de 14,7% ante 2022.

A pesquisa também aponta que, no recorte por raça, a maioria é preta ou parda. Já na abordagem regional, Norte e Nordeste concentram o maior percentual de pessoas em situação de trabalho infantil no País, destaca o analista do IBGE.

“A análise regional, ela mostra que, na região Nordeste, o maior contingente de pessoas em situação de trabalho infantil eram quase 550 mil em 2024, seguido pela região sudeste 475 mil. No entanto, né, em termos percentuais, a região Norte foi aquela que apresentou o maior percentual. É 6,2% né, das crianças adolescentes da região Norte estava em situação de trabalho infantil”.

Fontes ressalta que os dados também indicam que o trabalho infantil não é uniforme e a jornada varia com a idade.

“O grupo mais velho, pesquisado, né, 16 e 17 anos, quase metade trabalhava pelo menos 25 horas, né? Sendo que aproximadamente 30% trabalhavam 40 horas ou mais”.

Os pesquisadores aproveitaram a visita aos lares da amostra da Pnad para buscar informações sobre atividades domésticas, que incluem tarefas como lavar louça, fazer comida, cuidar da limpeza, realizar compras e cuidar de outras pessoas.

Diferentemente do trabalho infantil, em que os meninos são maioria, nas atividades de casa, a maior ocorrência é entre as meninas.




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