Oi, oi, gente amiga desse nosso programa, que hoje é inteiramente dedicado às pessoas que, em 17 de outubro de 1985, participaram do I Encontro Nacional dos Seringueiros. De lá pra cá, uma história de luta e resistência que reverencia a memória de Chico Mendes, responsável pela proposta de unir os povos da floresta em torno de uma reforma agrária para a Amazônia!

Foi nesse encontro histórico que o CNS foi criado para ser um espaço que nasceu da floresta, do campo e das águas — onde seringueiros, castanheiros, quebradeiras de coco, ribeirinhos, pescadores artesanais e tantas outras comunidades tradicionais se reconhecem e lutam juntas pela vida, pela terra e pelos seus modos de existir.

Em 2009, o CNS passou a se chamar Conselho Nacional das Populações Extrativistas, para abrir espaço não só às entidades, mas principalmente ao protagonismo feminino! Destaque para Dona Raimunda Gomes da Silva — quebradeira de coco, guerreira do babaçu, feminista do sertão — que idealizou a Secretaria da Mulher Trabalhadora Extrativista Rural dentro do CNS.

Nessa época, nossa Raimundinha desfrutava da companhia da sua fiel escudeira, Cristina Silva, doutoranda que se encontra em Portugal sistematizando a pedagogia da floresta, as riquezas da floresta e as resistências da Amazônia.

Em memória da presença daquelas que tombaram na luta, como Maria do Espírito Santo e Irmã Dorothy, e com a dor de todas as saudades, é impossível deixar de dizer que, mesmo depois de sua partida, Dona Raimunda continua viva em nossos corações, nas palmeiras, nas mãos que ainda quebram coco e nas vozes das mulheres que seguem fazendo do trabalho e da resistência o seu canto de liberdade.

Quando lembramos e falamos de Dona Raimunda, abraçamos todas essas guerreiras e todas as comunidades extrativistas do Brasil.
Viva o CNS! Viva Dona Raimunda!




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