A Polícia Civil de São Paulo cumpre nesta sexta-feira (17) sete mandados de busca e apreensão contra suspeitos de fabricar e vender bebidas adulteradas com metanol, que estariam ligadas às mortes por intoxicação.
Entre os alvos, estão familiares de uma mulher presa na semana passada em São Bernardo do Campo, após o fechamento de uma fábrica clandestina, e o marido dela, que fornecia os vasilhames usados na falsificação; um empresário comprava metanol de um posto que usava combustível adulterado com metanol, e a substância era utilizada na fabricação irregular de bebidas.
Os agentes policiais chegaram à fábrica clandestina após a morte da primeira vítima de intoxicação, um homem que passou mal em 12 de setembro e morreu quatro dias depois. Na época, o bar onde ele consumiu a bebida foi vistoriado e as equipes apreenderam nove garrafas. Em depoimento, o dono do bar confessou que havia comprado as garrafas de uma distribuidora não autorizada.
Os peritos detectaram a presença de metanol em oito das garrafas apreendidas no local, com percentuais que variavam entre 14 e 45%. Já na fábrica clandestina, das 300 garrafas analisadas, 50% apresentavam alto percentual da substância. A Polícia Civil de São Paulo anunciou uma entrevista coletiva que será realizada ao meio-dia para apresentar um balanço da operação.