As ceias de fim de ano exigem cuidados que vão além da preparação e da escolha dos ingredientes. Nesta época de calor extremo em todo o país, a adoção de boas práticas no preparo e no armazenamento dos produtos aumenta a segurança alimentar e garante um fim de ano longe do hospital. A nutricionista e extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais, Samira Tanure Fonseca, alerta que o risco de consumir um alimento estragado é mais alto do que se imagina:
“Nem todo alimento contaminado apresenta alteração de cor, sabor, cheiro, textura. Então a gente não pode confiar somente no sensorial. É preciso redobrarmos os cuidados no preparo dos alimentos para termos uma ceia e um final de ano com bastante tranquilidade”, diz.
Entre as dicas para evitar problemas com os alimentos, estão ficar atento para alterações na aparência, na cor, na textura ou no odor do alimento. Sintomas como vômitos, diarreia, dores abdominais e até febre são sinais de intoxicação alimentar. É importante saber a quantidade de pessoas que vão participar da ceia para calcular as porções corretas e evitar desperdício. Observar a validade dos produtos e verificar se os alimentos de origem animal apresentam carimbo de inspeção sanitária é outro cuidado.
Ao comprar carnes congeladas, é importante checar se elas estão firmes e sem água ou gelo na embalagem. O descongelamento deve ser realizado dentro do refrigerador. As comidas cozidas que não forem consumidas de imediato necessitam de refrigeração. Alimentos cozidos ou perecíveis devem ficar expostos por no máximo 2 horas em temperatura ambiente. Se a temperatura ambiente estiver acima de 30 Cº, esse limite cai para 1 hora. Receitas com maionese devem ser evitadas pelo alto risco de contaminação.
Ao final da refeição, coloque o mais rápido possível os alimentos não consumidos em recipientes com tampa para serem armazenados na geladeira por até 4 dias. Sobremesas produzidas com leite e derivados devem ser armazenadas em geladeira por até 3 dias.