Durante o período de estiagem, a navegação pelos rios amazônicos se torna um dos maiores desafios para o transporte de combustíveis e suprimentos. Pensando nisso, a Marinha do Brasil e a Petrobras firmaram um acordo de cooperação técnica para reforçar a segurança da navegação na região.
A assinatura do acordo aconteceu no Comando do 9º Distrito Naval, em Manaus. O documento prevê o apoio técnico da Marinha do Brasil na coleta de dados e na identificação de trechos críticos à navegação durante o período de seca.
O comandante do 9º Distrito Naval, vice-almirante Lampert, relata que a parceria permite uma navegação mais segura nos rios do Amazonas:
“É uma navegação que precisa ser segura e precisa. Nesse aspecto, é importante a Marinha, como autoridade marítima, firmar essa parceria com a Petrobras, especialmente no período da seca. Existem alguns trechos mais complexos, e não podemos imaginar uma interrupção no fluxo de energia e ativos energéticos, não só para Manaus, mas para toda a Amazônia. Essa parceria traz benefícios diretos para a sociedade.”
Ele ressalta ainda que o acordo garante o acompanhamento de embarcações da Marinha em áreas de risco, guiando comboios e navios de transporte de combustíveis por rotas mais seguras. A iniciativa reforça o compromisso das instituições em enfrentar os desafios da estiagem, garantindo o abastecimento e a segurança da navegação nos rios amazônicos.
“O acordo reforça uma parceria tradicional que a Marinha do Brasil mantém com a Petrobras. A Petrobras atua na exploração e produção de petróleo tanto na área offshore, no mar, quanto aqui no Amazonas, em Urucu e no Terminal Solimões. Sabemos que os ativos de gás natural, gás liquefeito e petróleo desses terminais suprem grande parte da Amazônia.”
O gerente-executivo de Logística da Petrobras, Joselito Guerra de Andrade Câmara, destaca o objetivo da parceria:
“A Petrobras entrou com recursos para ajudar a Marinha a cumprir sua missão de manter a segurança da navegação na Amazônia. Esse foi o principal objetivo: proteger a população amazônica como um todo.”
Joselito Guerra ressalta ainda que a cooperação técnica representa um marco para a logística e a segurança da navegação na região, unindo esforços para enfrentar os impactos das mudanças climáticas e manter o fluxo de suprimentos essenciais à população.
“Nós começamos a adotar ações práticas no dia a dia para evitar o desabastecimento de Manaus — tanto de gás natural, usado na geração de energia, quanto de gás de cozinha, fundamental para as famílias.”
Apesar do período de seca enfrentado neste ano, o comandante Lampert afirmou que a estiagem está mais moderada do que nos dois últimos anos:
“Particularmente, este ano estamos tendo uma estiagem mais leve em relação ao ano passado, mas ainda existem pontos sensíveis à navegação. Procuramos identificar esses locais e repassar as informações à Petrobras, indicando os melhores caminhos para garantir o fluxo de insumos e combustíveis para Manaus e toda a Amazônia.”