A lei que estabelece o Mês Nacional de Segurança Aquática determina que órgãos públicos realizem campanhas educativas durante todo o mês de novembro. A proposta é ampliar ações de conscientização e reduzir acidentes, principalmente entre crianças e adolescentes, que estão entre os grupos mais vulneráveis.
Todos os anos, cerca de 6 mil pessoas morrem por afogamento no Brasil. O tenente Kleber Rocha, do grupamento marítimo do Corpo de Bombeiros, diz que esse cenário reforça a necessidade de ampliar o alerta para toda a população.
“É imprescindível a gente ter essa lei porque a gente vê que o quadro de afogamento no Brasil é quase um quadro epidemiológico. Todos os afogamentos que a gente tem em região de praia – aproximadamente – a gente pode tratar eles como evitáveis”.
A nova lei também cita acidentes por mergulho em águas rasas, comuns em lagos, piscinas e áreas de lazer, que muitas vezes ocorrem por desconhecimento dos limites do local ou pela falsa sensação de segurança nesses ambientes.
“Nas regiões de lagos, rios e represas no interior do estado, a gente também tem muitos casos. Normalmente pescadores, normalmente famílias que vão se reunir para fazer um churrasco e infelizmente acabam envolvendo a festividade com bebida alcoólica e água e acabam ocorrendo essas fatalidades, né? Na área de piscina, infelizmente fica a critério e a supervisão dos pais fazer esse controle. E o principal problema quando acontecem esses afogamentos que a gente percebe é quando tem dois olhando, ninguém tá olhando. Na hora do acidente acaba que não tinha ninguém responsável somente por aquela criança. E acaba acontecendo a fatalidade”.
Segundo os órgãos de segurança, mais de 90% das mortes por afogamento acontecem por falta de informação. Por isso, as campanhas preventivas e ações de monitoramento de risco são fundamentais.